sexta-feira, 13 de julho de 2012

Lindezas e milagres - Morro do Pai Inácio, BA

Quando se pensa em Chapada Diamantina, normalmente vem à cabeça uma sucessão de morros sobre um fundo azul ou terracota (a depender da hora do dia), cercada por vegetação de cerrado, contra o horizonte povoado de nuvens baixas, que tocam os morros. A Chapada é isso também, pois à medida que se avança por seu interior descobrem-se, de repente, outras paisagens - matas, caatingas, cachoeiras, campos gerais, montanhas acarpetadas de pequenas árvores.
Quem acompanha o blog desde o início, deve lembrar que um dos primeiros textos falava sobre a Chapada Diamantina, sobre o godó (prato típico da região) de Lençóis e as sempre-vivas de Mucugê (que continua linda). Mas até então eu não havia subido até o Pai Inácio, cuja lenda se refere a um escravo que, caçado por ter seduzido a filha de seu senhor, pulou do morro de cerca de 250 metros de altura com um guarda-chuva, antecipando Mary Poppins em mais de cem anos.
É ao morro do Pai Inácio, entre Lençóis e Palmeiras, que se deve o tal visual típico de que falei mais acima e que fez inclusive parte da abertura de uma novela da Globo, como gostam de lembrar os guias locais. Então, numa das tréguas que a chuva nos deu, fui finalmente conhecer o morro lendário, que já subi com um pouco mais de destreza do que a demonstrada numa trilhinha de nada em Visconde de Mauá (segundo Guga, eu estava parecendo o Homem-Aranha na descida, de tanto esticar braços e pernas para não cair - e funcionou!).




A tradicional paisagem da Chapada Diamantina pode ser vista do alto do Pai Inácio; cenário lunar incrementa o clima de "mistério" do lugar; sombras e sol compõem a paleta divina; Pai Inácio se derrama sobre a estrada; eu e Guga nas alturas.

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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