terça-feira, 11 de setembro de 2012

Quem quer ser a Mulher-Maravilha?

Eu queria, quando pequena, como milhares de meninas. Achava um luxo Linda Carter correndo com aquelas botas incríveis e sacando seu laço mágico com a maior desenvoltura - além de ela ter um avião invisível só para ela.
Também já quis ser a princesa Safire, de A princesa e o cavaleiro, mais intrépida que poderosa (e amada pelo lindo príncipe Fran!). Mais recentemente, identifiquei-me com a Mulher-Elástico, dos Incríveis. Ultraflexível, se desdobrando para dar conta de tudo. Jeannie, da série Jeannie é um gênio, mesmo não sendo exatamente uma heroína, também me deu o que pensar. What's your demand? E plim, lá estava eu fazendo aparecer o pedido diante dos olhos alheios.
No final das contas, descobri que é muito cansativo (e muitas vezes bem chato) ser heroína. Acho sim que precisamos de exemplos pelo resto da vida, até quando já nos tornamos exemplo. Mas só para nos encontrarmos, lembrar quem somos, saber do que somos capazes. E também para saber que somos capazes de dizer não, que preferimos jantar fora a nos esfalfarmos na cozinha. Que podemos, sim, dar conta de tudo, mas que nem sempre queremos. E tudo bem. Aliás, para que exibir superpoderes quando não precisamos provar nada a ninguém? Questão de opção, que deve ser nossa, e não imposta por regras sociais ultrapassadas.
Querem saber mais? O anonimato é uma bênção. Ser maravilhosa quando der na telha, também.

2 comentários:

  1. Eu SEMPRE quis ser a MULHER MARAVILHA...Em vez do Papai Noel, era a mulher maravilha que ia em casa e eu e a minha irmã, a gente ficava encantada...bons tempos, esses, de mulher maravilha. Adorei o texto! Beijo

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    1. Dri, ela foi mesmo o símbolo de uma geração. Aliás, acho que ela antecipou a mulher poderosa de hoje (afinal, nem louça ela lavava!).
      beijocas!

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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